Circula no whatsApp boatos que usam nomes de agências estrangeiras como a J.P.Morgan para dar um certo ar de credibilidade às correntes disseminadas pelo PSDB. Interessante se notar que a J.P.Morgan tem muitos problemas para resolver em casa:
Promotores e reguladores dos Estados Unidos devem anunciar esta semana que o J.P. Morgan Chase terá de pagar mais de US$ 2 bilhões (R$ 4,76 bilhões) em multas por supostas falhas para advertir ao mercado sobre a fraude de Bernard Madoff, disseram pessoas ligadas às negociações.
Promotores e reguladores dos Estados Unidos devem anunciar esta semana que o J.P. Morgan Chase terá de pagar mais de US$ 2 bilhões (R$ 4,76 bilhões) em multas por supostas falhas para advertir ao mercado sobre a fraude de Bernard Madoff, disseram pessoas ligadas às negociações.
As ações federais, que deverão incluir um acordo de acusação diferido com o procurador de Manhattan Preet Bharara, podem ser anunciadas já na terça-feira, disseram essas pessoas ouvidas pelo The Wall Street Journal.
A maior parte do valor das multas deverá ser encaminhada para as vítimas de Madoff, que se declarou culpado das acusações de que organizou o esquema de pirâmide financeira (esquema Ponzi) que provocou perdas a investidores de bilhões de dólares. As penalidades pagas ao Departamento de Justiça devem responder pela maior fatia do total - superior a US$ 1,5 bilhão, disseram essas pessoas.
O restante será pago ao Escritório do Controlador da Moeda e do Financial Crimes Enforcement Network , que fazem parte do Departamento do Tesouro.
As sanções seriam o último de uma série de acordos judiciais para o maior banco dos EUA, que concordou em dezembro de 2013 em pagar cerca de US$ 20 bilhões para acabar com uma série de ações judiciais e investigações relativas a vendas de títulos de hipotecas do passado.
No mês passado, o presidente do J.P. Morgan, James Dimon (na foto), em referência ao caso Madoff, discutiu a estratégia por trás da recente onda de acordos. “Você lê sobre Madoff no jornal quase todo dia”, disse ele em uma conferência do Goldman Sachs Financial Services, em Nova York . “Temos de fazer alguma coisas para deixar esse assunto para trás, para que possamos fazer o nosso trabalho. Nosso trabalho é servir aos clientes em todo o mundo. Esse é o nosso trabalho. Então, eu quero resolver isso”.
Os promotores, juntamente com a Procuradoria dos Estados Unidos e o Federal Bureau of Investigation (FBI, na sigla em inglês) têm investigado por que o banco não conseguiu alertar os reguladores sobre as atividades de Madoff, apesar das inúmeras bandeiras vermelhas.
A lei federal exige que os bancos apresentem um relatório de atividade suspeita, quando “detectar certas violações conhecidas ou suspeitas de lei federal ou transações suspeitas.” Havia cerca de 1,6 milhão desses relatórios arquivados em 2012. Sozinho, o J.P. Morgan arquiva de 150 mil a 200 mil relatórios todo ano.
A definição de atividade suspeita é vaga e obriga os bancos a usarem de bom senso na apresentação dos relatórios, de acordo com especialistas legais.
O banco disse anteriormente que não sabia da participação e da fraude Madoff. Mas, nos últimos meses, começou a discutir um acordo com a Procuradoria dos EUA para resolver o inquérito. Sob tal pacto, as empresas normalmente pagam uma penalidade e os promotores retiram as acusações desde que a instituição cumpra também determinadas condições para evitar que o caso volte a ocorrer. Normalmente, as partes concordam sobre uma declaração de fatos sobre o que ocorreu. Na semana passada o banco e os promotores ainda estavam negociando o texto final, disseram fontes próximas às discussões.
O esquema
Em 11 de dezembro de 2008, o mundo descobriu o esquema montado por Madoff. Sozinho, ele provocou perdas de US$ 17 bilhões (R$ 39,6 bilhões) a milhares de investidores de todo o mundo. Se forem incluídos os valores dos rendimentos falsos, a perda total chegaria a US$ 65 bilhões, ou R$ 151 bilhões.
Um esquema Ponzi, ou pirâmide, é uma operação fraudulenta que envolve o pagamento de rendimentos altos aos investidores antigos à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegaram posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real.
O esquema ganhou esse nome nos Estados Unidos em referência ao criminoso financeiro Charles Ponzi, um imigrante italiano do começo do século passado que se tornou um dos maiores estelionatários da história do país.
Fonte: Arena do Pavini
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