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25 de dezembro de 2014

Ao colocar à venda ações da Petrobrás na Bolsa de NY, FHC colocou a estatal sob soberania dos EUA

Advogados das petroleiras terão acesso a todas as informações sobre a Petrobras

Motta-Araujo


Post do comentário: Ellen Gracie ingressa no comitê de governança da Petrobras 
O Trench Rossi é a filial brasileira do Baker & Mackenzie, maior firma de advocacia do mundo em faturamento (US$3 bilhões), colocar essa firma dentro da Petrobrás é aberração, são advogados das majors americnas de petroleo. Eu que não so nacionalista estou chocado. 
Será que o pessoal do Planalto tem noção do que significa essa tutela da Baker & Mackenzie?
Estão colocando a onça para cuidar do galinheiro, parece que no caminho tem gente que não tem informação de bastidores sobre negócios globais.

A CNOC China National Oil Company DISPENSOU  a Baker Mackenzie por CONFLITO DE INTERESSES.
Comentários

Webster Franklin disse:

A impressão que dá é que o comitê de governança da Petrobras é semelhante ao dos representantes dos fundos abutres em negociação da dívida externa da Argentina.




IV AVATAR disse:

FHC ao colocar as ações da Petrobrás à venda na Bolsa de NY, provocou uma situação inusitada:  A estatal brasileira está sob soberania do Tio Sam.                                         

Pesquisando achei a sigla PWC que, ao que tudo indica, impôs os nomes de Ellen Gracie e do escritório Trench Rossi) para que o Conselho de Administração os indicasse para a composição da Diretoria de Governança da Petrobrás.

Saiba o que quer dizer  PWC, sigla para PricewaterhouseCoopers.

PWC está sujeita às leis americanas

Desde outubro esse escritório já havia sido escolhido pela PWC

A escolha desse escritório, pela PWC, segundo o jornal O Tempo

Na Folha


IV AVATAR disse:

Pois é meu amigo Webster Franklin, é por ai...

sexta-feira, 14 de novembro de 2014


Mercado especula sobre pressões dos EUA sobre a PwC para não haver maquiagens no balanço da Petrobras


"Investidores desconfiam que tem uma dedada oculta do Departamento de Justiça dos EUA na insistência da PricewaterhouseCoopers de pedir mais tempo para analisar os relatórios das três comissões internas da Petrobras que apuram os indícios de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e nas obras do Comperj, no Rio, e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, antes de liberar o tão aguardado balanço do terceiro trimestre da empresa. O Tio Sam não quer maquiagens e nem "contabilidades criativas" em demonstrativos assinados por diretores sob suspeita

A postura da PWC indica que vem mesmo chumbo grosso da Justiça e das autoridades regulatórias do mercado de capitais nos EUA. A Petrobras já tinha sido forçada pela PwC para contratar duas empresas independentes — a brasileira Trench, Rossi e Watanabe Advogados e a americana Gibson, Dunn & Crutcher LLP - para apurar as denúncias da colaboração premiada de Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e cia limitada da Lava Jato.

Um grande investidor da Petrobras tem uma interpretação para o "cuidado" da PWC - que já tinha aprovado balanços anteriores, sem o mesmo rigor de agora: "Eu já suspeitava que a PWC estava querendo era mesmo sair da Petrobras quanto pediu o afastamento de Sergio Machado. Na verdade, não querem pagar multa para a SEC onde se tem certeza que tem fraude. Onde já se viu trocar Diretor porque o auditor pediu? Nunca vi. Acontece que a Petrobras acabou afastando mesmo esse Diretor. Agora a PWC teve que admitir que na realidade estava querendo ser trocada para não assinar o balanço!"

A Presidenta Dilma Rousseff está pt da vida e concretamente apavorada com o risco de ser pessoalmente processada nos EUA. Sua amiga Graça Foster, presidente da Petrobras, certamente está completamente sem graça alguma porque a estatal de economia mista foi forçada a comunicar oficialmente que "não arquivará junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 (ITR 3T14) com o relatório de revisão dos seus Auditores Externos, PricewaterhouseCoopers (PwC), no prazo previsto na Instrução CVM 480/09".

A empresa pagará apenas a merreca de R$ 500 como multa diária no atraso da publicação do balanço. O prazo máximo para divulgar o dado trimestral é de 45 dias após o encerramento do trimestre. No entanto, o prejuízo político do problema tem um custo impagável para o governo atolado no Petrolão. O Conselho de Administração da Petrobras promove hoje uma reunião tensa para nada resolver. Pelo menos os conselheiros recebem seus jetons para comprar uns calmantes... "

Webster Franklin disse:

É meu amigo IV AVATAR, os


É meu amigo IV AVATAR, os interesses dos EUA pelo Pré-Sal estão mais que expostos na insistência da PricewaterhouseCoopers de pedir mais tempo para analisar os relatórios das três comissões internas da Petrobras e pedindo o afastamento do diretor Sergio Machado. E a Globo se prestando a fazer o trabalho sujo contra a Petrobras e o País.  

IV AVATAR disse:

Isso também...


Deu no GGN:

quarta-feira, 12 de novembro de 2014


PETROBRAS JÁ ESTÁ SOB A SOBERANIA DOS EUA, GRAÇAS AO PSDB/FHC






CRIME DE LESA-PÁTRIA ! O PSDB/FHC JÁ COLOCOU A PETROBRAS SOB A SOBERANIA DOS EUA !



Por JOSÉ CARLOS DE ASSIS, doutor pela UFRJ



"Somos um país que se contenta com aparências. Quando o Governo Fernando Henrique/PSDB decidiu colocar a Petrobrás sob a ordem jurídica americana, nos anos 90, não nos demos conta de que era irrelevante mudar o nome de Petrobrás para Petrobrax, ou para Petrobras sem o acento no a, como acabou prevalecendo. O que muitos não perceberam é que, por trás da troca de nomes para “facilitar” a internacionalização da empresa via lançamento de ações na Bolsa de Nova Iorque, havia a inevitável consequência de mudança de soberania sob a qual a empresa passaria a atuar.




Deboche impune do Brasil



Não me atrevo a dizer que havia um propósito [tucano] deliberado de colocar a Petrobras, a maior empresa da América Latina, sob a ordem jurídica norte-americana. Havia, sim, o propósito econômico de internacionalizar a empresa. A questão jurídica seria mera consequência, aparentemente sem maiores problemas na visão dos economistas neoliberais da época. Dado que nos anos 90 se tinha como consumado o processo de globalização sob a doutrina neoliberal, os ideólogos econômicos do Governo FHC/PSDB acharam natural aproveitar a onda da internacionalização sem medir as consequências jurídicas disso. Aliás, há muito se sabe nesse círculo que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil!



Agora essas consequências estão aí. A Petrobras, uma empresa de economia mista sob controle do Estado brasileiro, está sob investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos por conta do escândalo Paulo Roberto. Se os economistas que internacionalizaram a Petrobras acham que também isso é irrelevante, atentem-se para o que aconteceu com o pagamento pela Argentina dos credores de sua dívida externa renegociada. O acordo foi questionado porque os títulos haviam sido registrados em Nova Iorque. Os juízes norte-americanos se acham donos do mundo. Não há ordem superior à deles. Fazem o que querem, sem medir consequências sociais e econômicas, ou com relação à soberania.


Se o Departamento de Justiça norte-americano identificar como irregularidades de mercado, reais ou inventadas, certos procedimentos da diretoria da Petrobras, poderá propor multas da ordem de bilhões de dólares, abalando a situação econômico-financeira da empresa. Para se ter uma ideia, Citigroup e Bank America se submeteram, cada um, a multas de 20 bilhões de dólares por conta de fraudes no mercado de títulos imobiliários no contexto da crise financeira. No caso da Petrobras, acionistas individuais que se sintam lesados também terão cobertura da SEC, a agência de regulação, para propor ações judiciais, entupindo a capacidade de resposta da empresa que terá de manter um batalhão de advogados em Nova Iorque.


Nacionalistas, como eu, se sentirão ultrajados. Mas o que poderemos fazer diante de uma situação criada pelos economistas de FHC/PSDB quando tinham a liberdade de não fazer a internacionalização da empresa? De fato, as vantagens trazidas pela internacionalização da Petrobrás – venda na Bolsa de Nova Iorque de mais de 30% de suas ações – eram ínfimas em relação aos riscos incorridos. Note-se que a indústria automobilística americana [não é ingênua ou vendida, pois], tem ganhado bilhões aqui e nunca abriu seu capital para brasileiros [na nossa Bolsa de Valores]. Só quem acredita que a ordem jurídica do país hegemônico deve ser a ordem universal, sem contestação, pode encarar como normais, e suportáveis, as consequências jurídicas da internacionalização da Petrobrás.



Se antes havia dúvida quanto aos riscos, a situação atual, que qualquer advogado razoável poderia prever, revela friamente que a internacionalização da Petrobras foi um crime de lesa-pátria. Não se diga que era imprevisível. Houve muitos protestos, interpretados na época como estatizantes e anacrônicos ["jurássicos", como os classificava FHC]. O resultado agora é que a “causa” da Petrobras está nas mãos de uma Justiça discricionária, privatista, antissetor público, regulada pelo princípio do Direito consuetudinário, não do Direito positivo, e que se arvora, não raro, prerrogativas de extraterritorialidade. Uma Justiça desse tipo pode tentar quebrar a Petrobras em nome dos interesses do acionista minoritário americano, e da ideologia neoliberal anti-Estado.



Objetivamente, temos como fato concreto, ainda a ser definitivamente apurado, fraudes bilionárias articuladas por um diretor bandido em favor de si mesmo e de alguns partidos políticos por ele mencionados, mas por enquanto sem provas. Consideremos que todas as acusações sejam verdadeiras. A Petrobrás é vítima, não autora do crime. Ela seria implicitamente conivente, como foi o caso do Bank of America e do Citigroup, se decidisse acobertá-lo com o pagamento de multa para se livrar do processo criminal. Não é o caso da Petrobras, que não fez nenhum movimento para acobertar do crime seu ex-diretor. Contudo, uma Justiça privatista pode torcer os fatos. Seria melhor não estar subordinado a ela. Para isso, talvez teremos que comprar as ações da internacionalização de volta ao custo de um valor substancial de nossas reservas internacionais".



FONTE: escrito por JOSÉ CARLOS DE ASSISeconomista, doutor pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB. Publicado no "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/noticia/a-petrobras-sob-soberania-dos-estados-unidos-por-j-carlos-de-assis). [Título, subtítulo, 2ª imagem e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/11/petrobras-ja-esta-sob-soberania-dos-eua.html