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20 de fevereiro de 2014

Pelo abolicionismo penal

O Direito Penal deveria acabar”, sentencia juiz
O desembargador Amilton Bueno de Carvalho defende que redução da criminalidade só vai acontecer quando os macro-problemas sociais forem resolvidos e afirma ser a desigualdade a raiz de todo delito
Amilton Bueno: “Tem pessoas a quem não damos outras possibilidades de vida a não ser a delinquência”

IPATINGA – Um dos mais ilustres defensores do Direito Alternativo, o desembargador Amilton Bueno de Carvalho, do Rio Grande do Sul, participou nesta semana do Seminário de Direito da Fadipa. Ligado à tendência abolicionista, linha de pensamento do Direito Penal, segundo a qual a justiça nunca vai resolver os problemas de criminalidade a que se propõe, o juiz afirma na entrevista concedida ao DIÁRIO POPULAR que os presídios só pioram os detentos e não têm nenhum significado, que o Direito Penal deveria acabar “porque é uma farsa cruel do poder” e que a solução passa por medidas que coíbam o delito antes dele acontecer.

DIÁRIO POPULAR – O Código Penal do país precisa de mudanças?
AMILTON BUENO - Acho que sim, porque os fatos sociais mudam numa velocidade fantástica. Nós estamos trabalhando na matriz de um código elaborado em 1941, embora com uma reforma nos anos 80. Está hora de se pensar um novo olhar para o fenômeno penal no Brasil. Uma comissão de pessoas tidas como iluminadas está fazendo o projeto. Na verdade eu não acredito no Direito Penal. Acho que ele não resolve nada e que tudo é uma grande mentira. Acho que o presídio não resolve nada. Sou abolicionista. Sou um daqueles caras que acham que não deveria existir Direito Penal.

DP – Por que o senhor não acredita na legislação criminal?
AMILTON BUENO - O Direito Penal nunca cumpriu com as promessas dele no curso da história. Presídio nunca recuperou ninguém. O Direito Penal é uma farsa cruel do poder. O que ele faz? Seleciona o indesejado. Algumas pessoas das quais temos nojo, ele seleciona (já que não pode matá-las - em alguns países matam) os indesejados e procura destruí-los através do presídio. É uma face cruel do poder, poder que normalmente não é confiável. Também não confio no poder. Então o Direito Penal é seletivo, porque escolhe as pessoas de que se tem nojo e que se quer destruir. Ele não tem uma característica de humanidade. Ele não se sustenta em um plano racional. Presídio por exemplo não tem significado nenhum.
DP – Porque o sistema prisional não funciona?
AMILTON BUENO - A única coisa que os estudantes descobriram é que o presídio é um fator criminógeno. Coloco um sujeito de grau x de periculosidade no presídio, que praticou um crime e o classifico nessa categoria x. No presídio ele agrega um grau y de periculosidade. Então largo ele x+y, ou seja, o presídio é um fator que aumenta a criminalidade. Nos melhores presídios na Suécia, um dos melhores do mundo, o grau de reincidência é de 70%. O grau de reincidência em Bangu I também é de 70%. Então, não são as condições dos presídios, é a instituição que é um mal em si.

DP – Como reverter essa situação então?
AMILTON BUENO - O que nós tínhamos que tentar trabalhar são algumas coisas que nós sabemos que podem ajudar. Não tenho nada para fazer depois que mataram o cara ou depois que a mulher foi violentada. Não tem o que fazer. Temos que ter mecanismos anteriores, que diminuam a possibilidade dos delitos. Sempre vão ocorrer delitos, mas que eles ocorram numa parcela suportável. Aí, entram problemas de macro políticas que nós não enfrentamos. Por exemplo, nos países onde todos são ricos, como na Suécia, a criminalidade é lá embaixo. Nos países onde todos são pobres, como Biafra (país do sudoeste da Nigéria) os crimes vão lá embaixo. Com isso, sabemos que o grau de criminalidade e violência ocorrem nas cidades de grande diferença social. Os Estados Unidos, por exemplo, são o lugar que mais tem presídio – no país mais rico do mundo. Mas, também é o país mais diferente do mundo. Lá se tem 2 milhões de pessoas presas.

DP – As disparidades sociais acentuam a criminalidade?
AMILTON BUENO - A contradição social é muito grande. Parece que as pessoas conseguem viver razoavelmente bem quando são todos ricos ou todos pobres. Mas, parece que as pessoas não suportam essa diferença agressiva. A diferença mais agressiva que vejo é no Rio de Janeiro, por exemplo. Ela existe até pela formação geográfica. No bairro de São Conrado tem a casa do Ronaldinho Gaúcho, e logo próximo à favela da Rocinha, a pobreza. Não existe a menor suportabilidade de coexistência pacífica. Então, tem algumas coisas que a gente pode fazer, mas nunca é a solução dos problemas. Tem pessoas as quais não damos outras possibilidades de vida senão a delinquência. Nós parimos o monstro. Como não tenho coragem ou condições de atacar o macro problema, fico resolvendo os problemas tentando aumentar pena. E aí não adianta nada.

16 de fevereiro de 2014

O incrível e o inacreditável no caso dos médicos cubanos, por Luiz Fernando Veríssimo

“Incrível” e “inacreditável” querem dizer a mesma coisa — e não querem. “Incrível” é elogio. Você acha incrível o que é difícil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando — a linha média do Execrável Futebol Clube.
Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive a bandeirinha do córner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.
Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior”.
Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana nº 5 do Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr de sol que enleva.
Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.
Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.
Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.
Incrível é um solo do Yamandu.
Inacreditável é este verão.

Luis Fernando Veríssimo é escritor.

GGN

As milhagens, a conversão de pontos e os seus direitos

Jornal GGN - As empresas são claras: fique comigo e tenha vantagens. Este é o quadro montado para os programas de pontos e milhagens, que prometem descontos e vantagens em troca da fidelidade de uso de cartão de crédito, no pagamento de serviços de telecomunicações ou mesmo na compra de passagens por uma companhia aérea específica.  O Procon preparou as dicas e informa que, mesmo sem ter um número significativo de reclamações, o tema deve ser entendido e acompanhado pelos consumidores interessados em participar de algum programa do tipo.
O primeiro ponto é entender o que é o programa de milhagem. Conforme explica a entidade, este é um serviço oferecido por companhias aéreas para recompensar seus clientes por sua fidelidade. Para participar, o interessado se cadastra no programa para acumular pontos ou créditos cada vez que viaja em voo dessas empresas ou adquire produtos e serviços de estabelecimentos parceiros. Ao alcançar determinada pontuação, já pré-determinada, o cliente é premiado com uma passagem aérea, parcial ou totalmente, gratuita em trechos estipulados pelo programa e, em alguns casos, estes pontos podem ser trocados por outros produtos, serviços ou acesso a áreas VIP. As normas variam de empresa para empresa.
Na onda do sucesso, administradoras de cartões de crédito e operadoras de telefonia móvel passaram a oferecer a conversão de seus planos de relacionamento por milhas em viagens aéreas ou descontos na compra de produtos e serviços. O cliente vai acumulando pontos ou créditos ao fazer compras ou mesmo no pagamento de faturas.
As dicas do Procon são ótimas para quem pretende entrar nesses programas para conseguir vantagens.
A primeira, e mais importante, é que o consumidor entenda como funciona o programa oferecido para a empresa e se este programa se enquadra em suas necessidades, ou mesmo aspirações.
Depois disso, levante o maior número de informações sobre o funcionamento do programa, principalmente aquilo que diz respeito à troca dos pontos. De acordo com o Procon existe uma série de detalhes que podem complicar sua fruição, principalmente nos casos de passagem aérea e hospedagem. É preciso saber as regras, trechos que não são permitidos, horários, limitação de dias, preços promocionais, enfim, tudo o que pode atrapalhar seus planos deve ser entendido para não se tornar um desgosto.
Faça um registro de todos os contatos feitos com a operadora ou o fornecedor, desde dificuldades até pedidos de informação. Tudo é parte de seu histórico de relacionamento.
Guarde os documentos, mesmo os digitais, como último extrato, regulamento, publicidade, ofertas, extrato do cartão de crédito ou da conta de telefone, caso seja vinculado.
Fique atento e acompanhe sua  pontuação periodicamente, não deixe de anotar os prazos de validade dos créditos para não perdê-los.
PROBLEMAS
Dos mais comuns aos complicados, segundo o Procon
O Procon-SP, em seus registros, aponta como problemas principais alguns itens.
Primeiro vem a demora no processamento dos pontos. Por exemplo, o consumidor cancela o bilhete e não há o retorno dos pontos em seu extrato.
Outro problema levantado pela entidade é a mudança de regras, quando de forma unilateral a empresa altera as condições de utilização. Os contratos podem apresentar cláusulas abusivas que permitam a alteração de regras no meio do caminho, sem a devida anuência do consumidor.
Mais um problema apontado pelo Procon é quanto a ausência de informações claras sobre as empresas parceiras e dúvidas sobre a forma de pontuação. O exemplo fornecido é que, para uma mesma empresa aérea, algumas passagens geram pontos ou milhas, e outras não.
Destaque ainda para as dificuldades de contato com o serviço de atendimento para obter informações e esclarecimentos sobre os procedimentos de utilização e formas de troca dos pontos e divergência de valores.
O Procon alerta, ainda, que o consumidor que tiver problemas com o programa de milhagem ou de pontos pode procurar os canais de atendimento do Procon ou do órgão de defesa do consumidor de sua cidade. Além de ingressar com ação no Poder Judiciário para resguardar seus direitos.

3 de fevereiro de 2014

Comentários ao blog Calendário Spin


em 30/03/12
Fazendo, fazendo, fazendo, só assim para te responder, seria muito fácil ser objetivo e te dizer que spin é giro, como sair por aí atrás de notícias para, a partir daí, criar ou restringir a isso: Anamnese. Talvez eu deva preocupar-me mais em fazer compreender-me e isso só é possível fazendo., em Em que pé encontra-se o processo spin1 respostas.

em 30/03/12
Desculpe a ignarância,o não entendi o que é spin. em Em que pé encontra-se o processo spin
Anônimo

Ritalina, a droga legal que ameaça o futuro

Postei no Facebook com o seguinte adendo:

Isso é sobre o perigo do "sossega leão" que é dado às crianças
Vai aqui um video que tem a ver com a matéria abaixo, cada um de nós tem um ritual, um gesto, um ritmo, uma velocidade, que isso seja visto como coisa nossa e não como doença






DIÁRIO DA MANHÃ

ROBERTO AMADO

É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez.  Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH) e indica ritalina para a criança.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O medicamento é uma bomba. Da família das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like, como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. A ponto de o Brasil ser o segundo país que mais consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.
A situação é tão grave que inspirou a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a fazer uma declaração bombástica: “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro”, disse ela em entrevista ao  Portal Unicamp. “Quem está sendo medicado são as crianças questionadoras, que não se submetem facilmente às regras, e aquelas que sonham, têm fantasias, utopias e que ‘viajam’. Com isso, o que está se abortando? São os questionamentos e as utopias. Só vivemos hoje num mundo diferente de mil  anos atrás porque muita gente questionou, sonhou e lutou por um mundo diferente e pelas utopias. Estamos dificultando, senão impedindo, a construção de futuros diferentes e mundos diferentes. E isso é terrível”, diz ela.
O fato, no entanto, é que o uso da ritalina reflete muito mais um problema cultural e social do que médico. A vida contemporânea, que envolve pais e mães num turbilhão de exigências profissionais, sociais e financeiras, não deixa espaço para a livre manifestação das crianças. Elas viram um problema até que cresçam. É preciso colocá-las na escola logo no primeiro ano de vida, preencher seus horários com “atividades”, diminuir ao máximo o tempo ocioso, e compensar de alguma forma a lacuna provocada pela ausência de espaços sociais e públicos. Já não há mais a rua para a criança conviver e exercer sua “criancice.
E se nada disso funcionar, a solução é enfiar ritalina goela abaixo. “Isso não quer dizer que a família seja culpada. É preciso orientá-la a lidar com essa criança. Fala-se muito que, se a criança não for tratada, vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de forma indiscriminada”, diz a médica.
Mas os problemas não param por aí. A ritalina foi retirada do mercado recentemente, num movimento de especulação comum, normalmente atribuído ao interesse por aumentar o preço da medicação. E como é uma droga química que provoca dependência, as consequências foram dramáticas. “As famílias ficaram muito preocupadas e entraram em pânico, com medo de que os filhos ficassem sem esse fornecimento”, diz a médica. “Se a criança já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de abstinência. Também pode apresentar surtos de insônia, sonolência, piora na atenção e na cognição, surtos psicóticos, alucinações e correm o risco de cometer até o suicídio. São dados registrados no Food and Drug Administration (FDA)”.
Enquanto isso, a ritalina também entra no mercado dos jovens e das baladas. A medicação inibe o apetite e, portanto, promove emagrecimento. Além disso, oferece o efeito “estou podendo” — ou seja, dá a sensação de raciocínio rápido, capacidade de fazer várias atividades ao mesmo tempo, muito animação e estímulo sexual — ou, pelo menos, a impressão disso. “Não há ressaca ou qualquer efeito no dia seguinte e nem é preciso beber para ficar loucaça”, diz uma usuária da droga nas suas incursões noturnas às baladas de São Paulo. “Eu tomo logo umas duas e saio causando, beijando todo mundo, dançando o tempo todo, curtindo mesmo”, diz ela.
Leia outro artigo polêmico de Roberto Amado:

Farmacopornografia: por que a indústria milionária do antidepressivo está batendo recordes

http://www.dm.com.br/texto/154818-ritalina-a-droga-legal-que-ameaaa-o-futuro

Guardado no Blog 80 - Poder Curador

Atualização -  O Luis Nassif publicou e comentei lá

Nassif, muito obrigado por ter elevado isso a post e me desculpe por postar aqui um video o que deveria fazê-lo na sessão Multimidia mas é que tem a ver com o tema, pois a ritalina teria matado pessoas velozes e inquietas como Ney Matogrosso




 Link: http://www.jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/ritalina-a-droga-legal-que-ameaca-o-futuro

P.S.- Pois se vieres em forma de anjo e não como o endiabrado que és, já sei que não é vc


Menores infratores são soltos por falta de vagas em Goiás, diz juiza


Ela revela que centros de internação do estado não atendem a demanda.
Governo diz que teve reunião com MP buscando soluções para o problema.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
9 comentários
Menores que cometeram crimes graves estão sendo liberados em Goiás devido a falta de vagas em centros de internação para abrigá-los. A afirmação é da juíza da Infância e da Juventude de Aparecida de Goiânia, Stefane Fiúza Cançado Machado. Em todo o estado, existem apenas 372 vagas.
"Os centros de internação provisória [CIP] e também definitivos do estado de Goiás não têm atendidos as requisições de vagas para a internação desses adolescentes. Até hoje, perdura essa situação de por várias vezes termos que liberar esses adolescentes que não devem se liberados", revela a magistrada.
Pela lei, quando apreendido, o menor pode ficar em uma cela comum por no máximo cindo dias. Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) chegou a ser assinado entre o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o governo do estado para aumentar o número de vagas. Porém, o prazo, que era de 15 meses, venceu em novembro de 2013.
Na própria cidade onde fica o juizado de Stefane, a situação é bastante crítica. Apesar de ser o segundo maior município de Goiás, com mais de 500 mil habitantes, Aparecida de Goiânia não tem uma vaga sequer para menores infratores.
A única cela que pode receber menores na cidade fica no 1º DP, mas está sempre em condições insalubres. São apenas quatro vagas, mas ela está sempre lotada. Há lixo e restos de comida espalhados porque o local só é limpo duas vezes na semana porque não há funcionários suficientes.
Casos recorrentes
Enquanto o problema não é resolvido, os casos de crime praticados por menores só aumenta. Na noite de segunda-feira (27), quatro adolescentes - sendo um de apenas 12 anos - já conhecidos da polícia foram apreendidos com um carro sem documento e placas de outro estado. Eles tentaram fugir e após troca de tiros e perseguição, o veículo bateu em um muro.
"É uma situação complexa porque a gente vai falar sobre legislação, que está defasada, como a população já sabe. Mas nós vamos continuar fazendo nosso trabalho até quando a gente dar conta", reclama sargento da PM Ivan Nunes.
Juíza diz que menores infratores são soltos por faltas de vagas em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Cela no 1º DP cheia de comida espalhada: limpeza 2 vezes na semana (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Já na semana passada, uma mulher foi vítima de um arrastão dentro de casa. Ainda traumatizada, ela fala sobre o roubo e os momentos de medo causados por dois menores.
“Aí ele pegou todo mundo, trancou no banheiro e ficou fazendo ameaça. Se chamasse a polícia, se prendesse eles quando eles saíssem, matava todo mundo. Eu tô em pânico, não durmo mais, nem sinto fome”, recorda a mulher que não quis se identificar.
Segundo a juíza Stefane Machado, os suspeitos de praticar o crime só não foram soltos nesta terça-feira (28) porque o caso ganhou repercussão na imprensa. Em outros casos, acredita ela, a situação seria diferente.
"Hoje [terça-feira] faz nove dias que eles estão internados e só ontem de tardezinha é que liberaram as vagas. Eles ainda estão no 1º DP de Aparecida aguardando a PM para encaminhá-los ao CIP em Goiânia”, destaca.
A delegada Marcela Orçai, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, afirma que são cada vez mais frequentes a participação de menores em delitos graves.
“Percebemos que muitas vezes eles estão sendo aliciados por maiores para praticar atos mais violentos. Eles são como se fossem o exército de frente, os que estão praticando os atos mais graves, tendo que vista que receberão uma reprimenda menor”, explica.
Juíza diz que menores infratores são soltos por faltas de vagas em Aparecida de Goiânia, Goiás 2 (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Para juíza, menores só conseguiram vagas por causa de repercussão (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Respostas
Em nota, a Secretaria de Cidadania e Trabalho do Estado de Goiás (SECT) informou que o presidente do Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente, André Luís Gomes Schroder passou a manhã reunido com representantes do MP buscando alternativas para resolver a questão.
A nota diz ainda que o governo está investindo nas reforma e ampliação dos Centros de Apoio Sócio Educativo (Case). As unidades de LuziâniaItumbiaraPorangatu e Formosa já estão prontas. Em Anápolis, a obra está sendo licitada e em Goiânia, uma ampliação irá disponibilizar mais 22 vagas.
Sobre o TAC, a nota explica que foi pedido um prorrogamento do prazo inicial, que era agosto de 2012, porque as obras são consideradas complexas.
Por fim, a SECT diz evoca o artigo 49 da lei 15.594/2012, que estabelece que os adolescentes podem sim cumprir a medida em regime aberto caso não haja vagas para a internação. A exceção se aplica em casos graves, com uso de violência ou ameaça contra as pessoas.

Infecção urinária: Perigo que ronda as mulheres

Infecção urinária: o perigo que acomete mais mulheres do que homens
O médico Leonardo da Silva ensina a evitar infecções
Oito em cada dez mulheres terão pelo menos uma infecção no trato urinário durante a vida. Destas, 25% se tornarão crônicas e passarão a ocorrer ao menos duas vezes no ano. As estimativas dadas pelo médico urologista Leonardo Dias Magalhães da Silva são preocupantes e ajudam a entender os números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde na semana passada ao Comércio. Eles revelam que, em média, na rede pública de Franca são atendidos, por mês, mil casos de pacientes com problemas no aparelho urinário, uma média de 30 casos todos os dias.
 
De acordo com o médico, o número de infecções tem aumentado ano a ano. Culpa de vários fatores, mas principalmente da rotina cada vez mais atribulada que a maioria da população leva. O resultado dessa correria toda é que as pessoas descuidam da saúde: tomam menos água, ficam com a bexiga cheia por mais tempo e se alimentam de forma cada vez pior. Um prato cheio para as infecções do trato urinário.
 
A doença acomete muito mais mulheres do que homens; a proporção é de nove para um. “As infecções vêm do meio externo para o interno e a uretra feminina tem 2 centímetros apenas, enquanto a masculina tem cerca de 15. Para a bactéria subir e chegar na bexiga é mais difícil no homem”, disse Leonardo.
 
O especialista afirma que outro fator facilita o surgimento das infecções nas mulheres: durante a relação sexual, a penetração faz com que o atrito na uretra seja maior, facilitando o contato das bactérias com o meio interno. No pós-menopausa a incidência aumenta, pois há diminuição da oferta de estrógeno, o que faz com que o ph vaginal mude, facilitando a instalação do problema.
 
A gravidade nas infecções urinárias podem ser divididas em duas partes: no chamado trato baixo, as cistites, que acarretam “apenas” uma piora na qualidade de vida, mas que não deixam sequelas mais graves, e as do trato alto, que alcançam os rins e podem se agravar. Elas são chamadas de pielonefrites. “Essas doenças, além de trazer gravidade, podem complicar em 5% dos casos. Às vezes precisa de internação, pode evoluir para abcesso renal (espécie de “ferida” com pus nos rins), para insuficiência renal (afeta o funcionamento do rim) e até para sepse urinária, que seria uma infecção generalizada originada na infecção de urina”, afirma o médico.

2 de fevereiro de 2014

Antigas correspondências

Refugo. Lembranças do passado presentes. A realidade antes da realidade. Visão(o primeiro momento) forma(o segundo momento) conhecimento(o terceiro momento). Só há 2 poderes: O ñ ou 0 ou maior ou menor ou macro ou micro e o i ou 4 ou menor no sentido de pequena ou distância ou ignorância. Em observação. A palavra "viáspora" foi apreendida num sonho que disse da diáspora dos bichos que, no caso, fazem viáspora, ou seja, diáspora ao contrário: Correm para perto do dono quando enxotados. Síndrome de Estocolcomo, pois que só existem dois tipos de Poder:  O ñ ou 0 ou maior ou menor ou macro ou micro e o i ou 4 ou menor no sentido de pequena ou distância ou ignorância.  Nós a serem desatados.