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25 de outubro de 2014

Gilmar deverá suspender direito de resposta contra Veja

Um colegiado formado por vários ministros, dentre eles muitos do próprio STF, tomam uma decisão que, depois, vai parar nas mãos de um destes ministros para, sozinho, anular a decisão tomada anteriormente por seus pares, durma-se com um barulho destes. E logo nas mãos de Gilmar Mendes, assumidamente tucano e anti-PT, sem ética, que acabou de encontrar-se com FHC para tirar da reta o do José Roberto Arruda. Que que isso, não consigo acreditar numa bandalheira dessa.
Jornal GGN – A Editora Abril foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) ajuizando reclamação que questiona o direito de resposta assegurado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra reportagem publicada na revista Veja. A reclamação está nas mãos do ministro Gilmar Mendes e nela o pedido de suspensão imediata do processo no TSE e que seja cassada a decisão.
A editora alega que o TSE contrariou decisões do STF proferidas no julgamento sobre a Lei das Eleições e a Lei de Imprensa, nas quais “foi assegurada a liberdade de expressão, mesmo em período eleitoral”.
O TSE assegurou à Coligação Com a Força do Povo que responda reportagem publicada na revista sob o título “PT sob chantagem”. A Abril alega que a decisão do TSE foi fundamentada “no alegado excesso de crítica jornalística” o que, no entendimento da editora, configura “cerceamento à liberdade de expressão e ao livre exercício da crítica jornalística”.
“É inegável que se trata de material jornalístico, cuja atividade de imprensa, garantida constitucionalmente, não fica sobrestada no período eleitoral, como declarado pelo STF, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4451, cujo objeto era exatamente a Lei Eleitoral”, afirma o pedido. A reclamação menciona ainda o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, processo no qual o STF julgou não recepcionada pela Constituição Federal a Lei de Imprensa (Lei 5.250/1967).
A reclamação diz ainda que a reportagem na Veja partiu “de fatos apurados em investigações oficiais conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público”.



15 de outubro de 2014

Rogério Correia: “Tribunal tentou dar o golpe para proteger o Aécio”


aécio neves
por Conceição Lemes
No debate da Band realizado nessa terça-feira 14, a candidata petista Dilma Rousseff cobrou do candidato Aécio Neves, do PSDB, por que os seus governos e os de Antônio Anastasia deixaram de investir R$ 16 bilhões na Educação e na Saúde.
Aécio negou. Disse que  as prestações de contas tinham sempre sido aprovadas.
Dilma sugeriu então que os telespectadores consultassem o site  do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), para saber quem estava falando a verdade.
Quem tentou descobrir quem estava mentindo, bateu com a cara na porta. Surpreendentemente, o site festava fora do ar.
Até hoje 15, às 10h, o site não tinha voltado  a funcionar. Tanto que o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) denunciou o caso na Assembleia Legislativa.

Nessa altura, Rogério Correia não sabia de outra surpresa, embora premonitoriamente já a antevia.
Hoje, quando o site do TCE-MG voltou a funcionar, os relatórios das contas governamentais do Estado, que comprovam as denúncias de Dilma, tinham desaparecido.
Bloco Minas Sem Censura denunciou a atitude arbitrária do TCE-MG:
A menção a esses relatórios, pelo ex-governador Aécio Neves, ocorreu de forma irresponsável e distorcida. As aprovações das prestações de contas sempre foram dadas com ressalvas, indicando que, por sucessivas vezes, as gestões de Aécio e Anastasia não aplicaram o mínimo constitucional na saúde e na educação, usando diversos artifícios contábeis para chegar aos 12% (saúde) e 25% (educação). O valor  que deveria ser investido nessas duas áreas chega a R$ 16 bilhões.
A atitude do TCE-MG constitui grave violação do princípio da publicidade e reforça condutas abusivas e de censura dos tucanos de Minas. Comprova o aparelhamento do Estado e o medo da transparência.
Esconder os relatórios só confirma o óbvio: governos tucanos em Minas Gerais desviaram recursos da saúde e da educação!
Eles comprovam a não-aplicação do mínimo constitucional em Saúde e Educação por todos estes anos, resultando num déficit de cerca de 8 Bilhões de Reais para cada um destes setores em Minas Gerais.
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Os relatórios estavam no site do TCE-MG até, pelo menos, segunda-feira. Foi quando o Minas Sem Censura acessou-o e fez o download dos disponíveis: 2006 a 2012.  Eles estão aqui:
Há pouco, por volta das 20h desta quarta-feira, sem qualquer explicação do TCE, os relatórios voltaram a aparecer no seu site.
“O Tribunal tentou dar o golpe, para proteger mais uma vez o Aécio”, denuncia Rogério Correia. “Se deu mal. A pressão foi tanta que foi obrigado a disponibilizar, de novo, os relatórios comprometedores.”
Detalhe 1. Quase todos os conselheiros do TCE-MG foram indicados por Aécio, o que explica a subserviência  do órgão ao candidato do PSDB à presidência da República.
Detalhe 2: No ano passado, o TCE recebeu de presente R$50 milhões a mais da Assembleia Legislativa de Minas, que é comandada por tucanos.
“Dos recursos  do orçamento disponibilizados para Assembleia sobraram R$ 50 milhões”, observa  Correia. “Em vez de devolver ao governo, como fazia todo o ano, ela repassou ilegalmente os  R$ 50 milhões para o TCE.”
Leia também:

Mídia é o principal partido de Aécio






Por Victoria Almeida, na Agência PT de Notícias:

No segundo turno das eleições, Aécio Neves (PSDB) conta com um suporte que vai muito além do oferecido pelos integrantes de sua campanha. Segundo o Manchetômetro, site que acompanha diariamente a cobertura das eleições pela grande mídia, em uma semana, foram publicadas 79 manchetes contrárias à reeleição de Dilma Rousseff e apenas 10 negativas ao tucano.

O site levou em consideração as capas dos jornais Folha de São Paulo, O Globo, O Estado de São Paulo e o Jornal Nacional. O viés tendencioso dos veículos também pode ser notado pelo número de capas publicadas favoravelmente ao tucano e à petista.

De acordo com o Manchetômetro, Aécio Neves contou com 19 capas favoráveis a ele, entre 6 a 13 de outubro, enquanto Dilma Rousseff figurou positivamente em apenas sete. O site classificou 65 capas como neutras para ambos os candidatos à Presidência da República, neste período.

A pesquisa também aferiu dados sobre a ex-senadora Marina Silva, que concorreu, sem sucesso, ao pleito do último dia 5 de outubro. Nos periódicos, ela contou com 3 capas favoráveis, uma contrária e 45 neutras a seu respeito.

Para o jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, a direita é o partido da grande mídia no Brasil. “Esse apoio a Aécio se dá por razões políticas, ideológicas e econômicas”, afirma. Com isso, segundo Borges, o tucano ganha força a passa a utilizar de um horário eleitoral gratuito na imprensa “que dura 24 horas”.

Mídia alternativa

Segundo o jornalista, o contraponto às informações divulgadas diariamente por estes grandes veículos de imprensa é realizado pela mídia independente, comunitária e por meio do ativismo digital. Para ele, esses canais de comunicação são os responsáveis por desmascarar a figura de “bom menino”, do tucano fomentada pela imprensa. “O que a mídia contra-hegemônica faz é o seguinte: mostra o Aécio do “aécioporto”, do mensalão tucano de Minas Gerais, da Lista de Furnas… Faz um contraponto e ajuda a sociedade a se posicionar sem ser manipulada”, explica.

Regulamentação da mídia

Altamiro Borges defende que o Brasil adote a regulamentação da mídia para combater o monopólio nos meios de comunicação e cita como exemplos bem sucedidos as legislações para o setor criadas no Reino Unido, Europa e Estados Unidos da América. “Ou regulamenta esse setor, ou a democracia brasileira está correndo risco”, afirma.

A presidenta Dilma Rousseff se propôs realizar uma regulamentação econômica dos meios de comunicação do país, durante encontro com blogueiros realizado no dia 26 de setembro, no Palácio da Alvorada. A candidata à reeleição afirmou que o tema será uma pauta em seu segundo mandato, caso seja reeleita no próximo dia 26.

“Em qualquer setor que se tem concentração de propriedade cabe regulação porque há uma assimetria imensa entre o proprietário e o resto dos cidadãos. Qualquer regulação tem uma base, que é a econômica. A concentração leva a relações assimétricas. Hoje as pessoas demandam isso”, defendeu.

Dilma depena o carinizé Aécio no debate na Band

Se ele pensava que ia cantar de galo no terreiro, dançou feio

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/10/aecio-e-os-corruptos-tucanos-na-band.html

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/10/desemprego-detona-aecio-na-band.html

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/10/aecioporto-abate-tucano-na-band.html

http://www.viomundo.com.br/politica/com-aecio-nervoso-dilma-ataca-aecioportos-parentes-governo-e-diz-que-nao-saiu-de-minas-gerais-passeio.html

http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/10/15/dilma-jantou-aecio-com-palitinhos-debate-da-band/

Meritocracia à Aécio

Autor: Paulo Nogueira

Aécio com o avô Tancredo

Aécio com o avô Tancredo
Meritocracia.
Uma das palavras mais pronunciadas por Aécio nesta campanha é esta, meritocracia.
Faz parte, se entendo, de um esforço de se colocar como um grande gerente. No jargão corporativo, meritocracia é uma palavra muito empregada, bem como outra do repertório de Aécio: previsibilidade.
Como todos sabemos, meritocracia é escolher alguém pelos seus méritos, e apenas por eles.
Num mundo menos imperfeito, a mídia teria tratado de verificar a trajetória de Aécio para ver como, no caso pessoal dele, se manifestou a meritocracia.
Convenhamos: ele é um forte candidato à presidência, e informações sobre sua carreira profissional têm, mais que nunca, um torrencial interesse público.
Mas este mundo é muito imperfeito – e a mídia mais ainda.
A inépcia — ou má fé — de jornais e revistas não impediu, no entanto, que viralizassem na internet documentos que mostram a rápida ascensão de Aécio.
Examinemos o papel da meritocracia em sua jornada, iniciada cedo. As informações estão no site da Câmara dos Deputados. Nenhum repórter teria que suar, portanto, para prestar um serviço relevante aos eleitores. (Aqui, olink.)
Aos 17 anos, Aécio foi nomeado secretário de gabinete parlamentar na Câmara dos Deputados. Seu pai, Aécio Cunha, era deputado federal pela Arena.
Segundo o site da Câmara, Aécio permaneceu nesta posição até os 21 anos.
Há, aí, um fato intrigante: conforme perfil feito pela insuspeita revista Época, Aécio fazia faculdade no Rio no mesmo período em que era secretário de gabinete.
Algum jornalista se interessou em esclarecer essa suposta ubiquidade meritocrática?
Mundo imperfeito, mundo imperfeito.
Aos 23 anos, de volta a Minas depois da estada no Rio, foi nomeado assessor pelo avô, o governador Tancredo Neves. Como avós sempre encontram méritos nos netos, Aécio poderia hoje dizer que ganhou o cargo graças à meritocracia.
Tancredo morreria em 1985, pouco antes de tomar posse como primeiro presidente civil depois da ditadura militar. (Ele vencera, ao lado do vice Sarney, eleições indiretas.)
Com Sarney na presidência, Aécio deu um salto. Aos 25 anos, era diretor da Caixa Econômica Federal.
O que o candidato Aécio diria, hoje, de um neto de político indicado para uma diretoria da Caixa aos 25?
Aparelhamento?
Como os jornais, que jamais trataram disso, falariam do caso se fosse um neto de Lula?
No Brasil, aparelhamento é quando os adversários fazem nomeações.
Quando você mesmo faz, é meritocracia. FHC nomeou seu genro diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, e o desnomeou depois do divórcio.
Serra deu emprego a Soninha e família na máquina estadual do PSDB.
Mas nada disso é aparelhamento.
A irmã de Aécio ocupa alto cargo público em Minas. O marido dela é peça-chave na campanha de Aécio. Um primo também. Cheque aqui, se tiver dúvida.
Na gestão do presidente Itamar Franco, o pai de Aécio, Aécio Cunha, foi nomeado presidente do Conselho de Administração do BNDES.
Tudo é meritocracia, naturalmente.
Graças à meritocracia à Aécio, Minas sob seu governo ficou em 22.o lugar entre os 27 estados brasileiros em crescimento econômico entre 2002 e 2010, segundo o IBGE.
O silêncio da mídia permite bravatas meritocráticas a Aécio. E não só meritocráticas: ele se sente protegido o suficiente para falar em “decência” mesmo depois de construir, com dinheiro público, um aeroporto numa fazenda da família.
Este silêncio é obsequioso, mas não gratuito. Caso Aécio se eleja, as grandes empresas de mídia podem se preparar para as copiosas quantidades de dinheiro público que choverão nelas em anúncios governamentais.
E em resposta à chuva de publicidade, o Brasil subitamente melhorará nas análises de Jabor, Merval, Míriam Leitão. A corrupção desaparecerá dos telejornais, dos jornais, das revistas. Se nem a compra da reeleição de FHC foi notícia, o que haverá de ser?
Como disse um genial economista conservador, “não existe almoço grátis”.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Como Dilma apagou o sorriso irônico de Aécio no debate da Band

Autor: Eduardo Guimarães



Aécio Neves começou a debater ontem (14) com Dilma Roussef na tevê Bandeirantes ostentando um sorriso irônico que evidenciava que ele acreditava que a adversária seria presa fácil. Ledo e Ivo engano. Dilma não apenas não foi presa como tampouco foi fácil.
No primeiro e segundo blocos do programa, o sorrisinho continuava brotando logo abaixo dos olhinhos tucanos. Mas foi no terceiro bloco, quando Aécio tocou no tema corrupção, que a adversária arrancou o sorriso de seu rosto ao citar escândalos que o envolvem.
Dilma citou os casos dos dois únicos aeroportos construídos em Minas Gerais durante o governo do tucano, ambos construídos ao lado de propriedades de sua família; citou o caso das rádios da família Neves que receberam dinheiro de seu governo; chegou a perguntá-lo sobre “violência contra a mulher” – alô, Juca Kfouri.
Aécio se descontrolou. Naquele momento, alguns expectadores podem ter ficado com a impressão de que ele agrediria a adversária fisicamente. Não aconteceu, mas a reação do tucano foi absolutamente desastrosa: insultou a mulher que tinha diante de si.
“Leviana”, vociferou.
A partir dali, o sorrisinho desapareceu para nunca mais voltar. Enquanto isso, Dilma foi se soltando. Rebateu, um a um, cada ataque e, dentro do tempo estipulado, a cada resposta a um ataque, fez outro.
Dilma cresceu muito, do último debate para este. Esteve segura, gaguejou muito pouco, de forma quase imperceptível. Mas o mais importante foi a entonação da voz e a linguagem corporal. Mostrou segurança e, em alguns momentos, até indignação.
Aécio por certo saiu surpreso da Bandeirantes. Não esperava encontrar uma adversária tão perigosa, que o fez tremer quando falou das rádios e da violência contra mulher. Provavelmente, com medo de que ela desse mais detalhes.
A partir daquele momento, o tucano parou de falar em corrupção. Afinal, Dilma poderia dar mais detalhes das acusações que fez. Poderia dizer que naquele mesmo dia saíra matéria na Folha de SP sobre as rádios, e poderia perguntar o que ele tinha a dizer sobre o relato do jornalista Juca Kfouri, que o acusou de agredir uma namorada.
Porém, Aécio não perde por esperar. Haverá mais debates e por certo o Brasil terá oportunidade de saber mais sobre alguém que, pertencendo a um partido cheio de casos de corrupção e que sofre tantas acusações nesse quesito, ainda tem a cara-de-pau de acusar alguém.
Dilma venceu? A meu ver, sim. Mas, claro, ninguém pode dizer que o consenso majoritário não vá ser o de que o embate ficou empatado. Mas é literalmente impossível dizer que ela perdeu. E, diante das lendas que criaram, empate equivale a vitória.